ou Tirando férias no Teatro, por Sérgio Rezende, psicanalista (espectador essencial)
Palavras que embebedam é o antídoto que Leo Lama inventa para o fim do mundo. Elas inventam o que faríamos. Criação ex-nihilo. Se o mundo não tivesse acabado, aconteceria tudo aquilo. Mas, ainda assim, livres de tudo isso, algo insiste em acontecer ali. E no ‘primeiro dia depois de tudo’ é o nada que surge como gerador de tensão. O nada a que levaria tudo o que Beatriz e Roberto teriam feito. Manietados, eles revelam o lixo que a liberdade de movimentos nos leva a produzir.‘Mortos’, causam desejo.Só depois de tudo se saberá qual terá sido o alcance do vôo.
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