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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Impressões

Por uma espectadora essencial

Eu ando meio estilhaçada por contatar tantas impossibilidades humanas e fico desencantada de saber que o retorno ao Um não prescinde dessa loucura toda. Por que cargas dágua a gente pare filhos e tantos apegos? Pra aprender a ilusão da existência dualista? Pra morrer toda noite e nascer no dia seguinte? Esse jogo do Divino, com todo respeito por Ele, cansa.

Eu tenho visões, intuições e cada vez mais o contato com isso que flutua. E ainda não há caminho. Eu terei que criar asas e saltar de mais algum abismo que nem sei? Ok. Saltar pra ver. E lá vou eu espatifada no chão e ainda assim, nem morro e nem fico sem fraturas. Qual é o abismo certo de se pular? Aquele que não está para fora, cima ou abaixo, mas aquele que está indubitavelmente para dentro? E saltando pra dentro, onde é o dentro do dentro mais abismal ainda? Perguntas dos sentimentos que a peça trouxe.

O senso de humor é deslumbrante. Inteligente, no ponto, na hora, assertivo: amei. Eu não entendo nada do que você fala. Só sinto. Foi assim que assisti.

A delicadeza dos mudras me leva pra Índia, pro mestre do meu mestre e é o que me diz: não preciso mais de palavras pra ouvir tanta coisa.

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