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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Alguns dias depois de tudo

Por Tarcila Rigo (Estudante do Colégio Oswald de Andrade, espectadora essencial)


É duro aceitar que quase todos nós estamos estagnados. Por hábitos, crenças que não nos dão respostas. Nossa existência é permeada por dúvidas e angustias sobre o próprio existir, e dai surgem muitas outras. A incerteza que paralisa. Então vivemos vidas paralelas: uma onde não saímos do lugar e outra que se cria a partir das suposições e intenções onde eu faria e ele responderia, mas não fiz e nada aconteceu.

Saí (da peça) me sentido numa cadeira de rodas, louca pra que alguém me levasse até uma ladeira e empurrasse. Talvez lá eu descobrisse que eu tenho asas ou só daria com a cara na chão. De qualquer forma sairia dessa condição. Mas que outro é esse que deve me empurrar? Em quem deposito minhas expectativas de mudança e logo minhas frustrações? É justo que o outro seja responsável pela minha condição?

Muitas imagens permearam meus pensamentos, apesar de não ter visto nenhuma delas concretamente. Minha imaginação era induzida a ver coisas que meus olhos não viam.

Muitas dessas imagens já estavam arquivadas e apenas despertaram e me relembraram de coisas que estavam adormecidas. É bom ouvir alguém falar a mesma língua.

Foto de Leníse Pinheiro.

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